POMBA GIRA. Voltando às raízes africanas, vemos que o culto original dos exus não distinguia entre o feminino e o masculino. No candomblé mais tradicional, temos a crença de que Pomba Gira, ou mais corretamente Bong Bogirá, termo de origem bantu dos candomblés de Angola, significa simplesmente exu; mas com o tempo e principalmente na umbanda, passou a designar a manifestação feminina de exu. Entidade extremamente popular, personifica a sinceridade e espontaneidade da mulher, envolvida de uma aura de intensa sensualidade e sedução feminina. É na umbanda que contam várias histórias de Pomba Gira. Uma dessas histórias nos conta que esta mulher era uma mulata alta e forte, de uma beleza selvagem, nascida no Rio de Janeiro e que se chamava Maria. Ainda jovem se tornou menina de rua, onde aprendeu todos os truques de sedução e malandragem do submundo. Texto de Camasi Guimarães. Estatueta fabricada em resina, pedraria, passamanaria e búzio, tamanho 26 cm. Devido à natureza artesanal no processo de criação podem ocorrer alterações no acabamento em relação ao que se mostra na fotografia.